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segunda-feira, 2 de abril de 2012

ANÚNCIO CONTRA TESTES COM ANIMAIS É BANIDO POR "VIOLÊNCIA INJUSTIFICADA"


Animais servem de cobaias para testes de medicamentos, vacinas, cosméticos e até produtos de limpeza que podem ser feitos de diversas maneiras. Porquinhos-da-índia, camundongos, coelhos e macacos são os animais mais utilizados pelos cientistas, mas, em alguns casos, também se recorre a cães, porcos e até baratas. Os bichos que participam das experiências são criados em viveiros chamados biotérios e geralmente são sacrificados após o estudo. Os defensores dos direitos dos animais repudiam esses testes, afirmando que são cruéis e inúteis, mas os cientistas argumentam que, sem eles, os avanços da medicina seriam fortemente prejudicados.
Um anúncio contra o uso de animais em testes de laboratório foi banido por um órgão regulador de propagandas na Austrália. O motivo da proibição foi a “violência gráfica injustificada” do anúncio.

A imagem mostra o rosto de uma mulher sendo perfurado por um objeto segurado pela pata de um cachorro. O texto diz que os testes causam “inchaços, bolhas, úlcera, cegueira, agonia e morte”. A campanha é assinada por um grupo de defesa de direitos dos animais chamado Tasmânia Contra a Crueldade Animal
Anúncio diz, ironicamente, que testes em humanos 'não vão doer nada' 

DE OLHOS VERMELHOSCoelhos cobaias medem os efeitos químicos da aplicação de cosméticos1 O produto é pingado nos olhos do animal. Os coelhos são mais fáceis de manusear e têm olhos grandes, o que permite a visualização das reações causadas pela substância
2 Como os produtos podem causar dor, irritação e ardor, os coelhos são imobilizados e usam suportes no pescoço. Isso evita que se mutilem arrancando os próprios olhos
3 Também é comum o uso de clipes de metal nas pálpebras para manter os olhos da cobaia sempre abertos, o que ajuda na observação dos efeitos da droga que está sendo avaliada
4 O estudo costuma ser feito sem anestesia e, como reação à substância testada, podem ocorrer inflamações, úlceras oculares e hemorragia. Em casos extremos, o animal pode ficar cego
5 No final, o coelho é sacrificado para análise dos efeitos das substâncias em seu organismo. Críticos do teste dizem que ele é inútil porque os olhos dos coelhos têm anatomia bem diferente da dos nossos.
ROEDORES DOPADOSNovos medicamentos são desenvolvidos com base em testes em animais1 O novo remédio é testado em laboratório. No caso de uma droga contra o câncer, por exemplo, o pesquisador testa a sua eficácia numa cultura de células cancerígenas num frasco
2 Quando os resultados são promissores, passa-se à segunda fase: o estudo em animais. Camundongos, por terem um ciclo de vida curto e fácil reprodução, são utilizados nos experimentos
3 Antes de tudo, é preciso "infectar" o roedor com a doença. No caso de uma nova droga contra o câncer, isso significa fazer crescer um tumor, similar à cultura de células estudada em laboratório
4 A nova droga é aplicada para comprovar a sua eficácia e toxicidade. Um estudo analisa como ela é processada pelo organismo - sacrificando o animal - e se tem efeitos na reprodução
5 Dependendo dos resultados, o desenvolvimento da droga é descartado. Se o teste for bem sucedido o produto segue para a última etapa, quando será testado por pacientes
DOSE LETALSubstâncias são injetadas no animal para determinar quão tóxicas são para os humanos1 Uma sonda gástrica é inserida na garganta do animal para forçá-lo a ingerir a substância a ser testada. Macacos, por terem o organismo parecido com o nosso, são as cobaias mais utilizadas no estudo
2 A substância testada quase sempre provoca dor, convulsão, diarreia, sangramentos e lesões internas nos animais. Ela também pode ser inalada ou administrada por meio de injeções
3 O objetivo é saber qual é a dose máxima que o organismo pode suportar. Por isso, mesmo que a substância seja segura, é comum buscar uma concentração que leve as cobaias à morte
4 O estudo é feito em um grupo de animais e dura alguns dias até que metade morra - daí o nome LD 50 (sigla em inglês para dose letal 50%). Os que sobrevivem também são sacrificados
- As substâncias testadas, geralmente, estão em produtos de consumo diário
PRÓS E CONTRAS DOS TESTES EM ANIMAISPelo bem da ciência ou pelos direitos dos bichinhos de laboratórioCIENTISTAS
Sem os testes, as prateleiras das farmácias estariam vazias. Não haveria como criar novos remédios sem experimentá-los antes em bichos de laboratório. Os cientistas ressaltam também que seguem rígidos protocolos e códigos de ética que garantem o bem-estar e impedem o sofrimento dos animais.
DEFENSORES
A União Europeia aprovou, neste ano, novas regras que restringem o uso de animais em testes científicos. A medida é resultado de protestos de organizações que são contra tais experimentos. Os ativistas afirmam que os estudos são ineficazes e que drogas perigosas, como a talidomida , foram parar no mercado mesmo depois de testadas.
FORTE CALMANTE
A talidomida foi lançada, nos anos 50, como um sedativo. Mas, quando ingerida por mulheres grávidas, a droga causava má formação e ausência de membros no feto.

fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/04/anuncio-contra-testes-com-animais-e-banido-por-violencia-injustificada.html
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-sao-feitos-os-testes-de-laboratorio-em-animais

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